Ah, adotar um cãozinho… Vou te contar, a primeira semana com a minha, a Bby, foi uma verdadeira montanha-russa emocional. Quem me conhece sabe que sou apaixonado por animais, então meu jeito de lidar com as coisas às vezes é mais científico e menos empírico, mas nada me preparou para o turbilhão de sentimentos e desafios que estavam por vir.
Lembro como se fosse ontem. Decidi adotar a Bby depois que um amigo, o Pedrão – que aliás, já tinha dois vira-latas super bagunceiros – me contou sobre uma ONG que estava precisando de ajuda urgente para ver se conseguia lares para alguns cães. Fui lá só para “dar uma olhada”, mas enfim… não dava pra resistir àqueles olhos castanhos enormes me encarando como se ela soubesse que ali era a porta de entrada pro começo de um novo capítulo.
No primeiro dia em casa, a Bby estava super desconfiada, meio acuada num cantinho da sala. Coloquei o meu conhecimento em prática, tentando lembrar de tudo que já li sobre comportamento animal. Sabia que era importante dar espaço pra ela se sentir segura e explorar o ambiente no seu próprio ritmo. Acabei me pegando falando alto comigo mesmo: “Certo, vamos deixar ela descobrir este novo mundo aos poucos.” Minhas plantas que se cuidassem!
Convidei o Pedrão para me fazer uma visita e ver como estava indo. A Bby rosnava baixinho, tipo, “quem é esse cara e por que ele tá aqui?”. Pedrão, com toda sua experiência, me tranquilizou dizendo: “Cara, calma, isso é totalmente normal. Ela só está protegendo o território dela.” E eu, a cada passo, refletindo sobre como os nossos peludos são complexos, cada um com sua própria personalidade, seus medos e expectativas.
Nos dias seguintes, comecei a notar pequenos sinais de progresso. Um dia, enquanto eu regava minhas plantas, percebi a Bby seguindo meus passos timidamente. Ela estava, aos poucos, tentando entender a rotina da casa. Fiquei tão empolgado que talvez tenha falado em voz alta: “Boa menina! Estamos chegando lá.”
Uma coisa engraçada foi quando um dos meus amigos da faculdade, a Mariana veio nos visitar. Ela trouxe uns brinquedos que, segundo ela, eram infalíveis para ajudar a Bby a desestressar. De brinde, ainda recebíamos umas conversas nerds sobre biologia comportamental, daqueles papos que só loucos por pets entendem. E lá estava a Bby, super concentrada num brinquedinho que fazia barulho, e Mariana comentando algo do tipo: “Viu, estimulação mental é essencial nessa fase de adaptação. Ajusta a serotonina, sabe?”
Claro, nem tudo foi fácil. Tive minhas dúvidas, medos e beleza – limpei muitos xixis fora do lugar. Mas, honestamente, cada avanço dela me dava uma sensação de conquista mútua. Foi mais ou menos assim que caímos numa rotina e ela realmente começou a se sentir em casa.
Acho que a lição aqui, e veja bem, isso é só uma reflexão pessoal, é que paciência e amor fazem toda a diferença. Mesmo com todo meu conhecimento teórico, a prática se mostrou ser uma grande mestra. E, quer saber? No final, a Bby e eu nos tornamos melhores amigos, descobrindo nosso caminho juntos, um dia de cada vez.